Publicado em 14 de Agosto de 2014
“Para operar pelos portos paranaenses, os navios devem estar com a documentação e situação sanitária de acordo com as exigências desses órgãos. A nossa contribuição está sendo em divulgar os comunicados das agências nacionais e dados sobre o vírus e a transmissão para evitar que esse contato dos trabalhadores locais com os tripulantes do navio, que podem vir dessas regiões africanas mais afetadas, seja porta de entrada para o Ebola”, afirma.
Contato - Até julho, os portos do PR receberam 1.393 navios – 34 de carga geral, 405 de contêineres, nove de derivados de petróleo, 260 de outros granéis líquidos, 586 e granéis sólidos e 99 de veículos (Ro-Ro). Considerando que, em média, cada navio traz 20 tripulantes, são 27.860 trabalhadores de diversas origens que passaram por aqui, nos sete primeiros meses deste ano.
Comunicado - O vírus já foi declarado epidemia no oeste da África e emergência pública sanitária internacional, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde, a Secretaria de Portos (SEP) e a Anvisa vêm mantendo o alerta para os portos brasileiros.
De acordo com a Anvisa, entre as ações em embarcações afetadas (com tripulante que tenha transitado nos últimos 30 dias nas áreas afetadas (principalmente na Nigéria, Serra Leoa, Libéria e Guiné, e que apresente febre), estas devem ser mantidas em fundeio, sendo o desembarque do doente a maior prioridade. Somente equipe de atendimento médico e remoção deverá ir a bordo. Além disso, as agências marítimas devem seguir orientações dadas pelo Posto da Anvisa quanto ao Plano de Limpeza e Desinfecção (PLD), lavagem de roupas de cama, gerenciamento de resíduos do atendimento à bordo. É obrigatório informar imediatamente a equipe da Anvisa qualquer ocorrência de novos casos suspeitos a bordo.
Ao capitão do navio, em caso de algum tripulante apresentar os sintomas, e que tenha circulado nos últimos 30 dias nas regiões africanas já citadas, a Anvisa orienta que se notifique a situação imediatamente às autoridades de saúde brasileiras e que se isole o doente na cabine, oferecendo todo suporte de água e alimentação necessários. Orienta-se ainda que apenas um tripulante designado (médico ou outro designado) passe a se comunicar e servi-lo até sua remoção ou liberação conforme instruções das equipes de saúde no solo. Seguir as recomendações locais da autoridade sanitária quanto à limpeza, retirada de resíduos, etc.
Nos portos paranaenses não chegou até agora nenhum navio nestas condições. Na próxima segunda-feira (18), às 14h, no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), a Anvisa Paranaguá vai realizar uma reunião mais detalhada com a comunidade portuária local.
Vírus – Como divulga a OMS, o Ebola é uma febre hemorrágica letal. O vírus, altamente contagioso, é transmitido pelo contato com fluidos como sangue, saliva, sémen ou fezes e não pelo ar. São sintomas da doença, a febre, dor de cabeça, diarreia, vômitos, fraqueza, dores nas articulações e músculos, dor de estômago e falta de apetite.
Entre as atitudes de prevenção que podem ser adotadas estão a comunicação imediata – em caso de sintomas suspeitos; a propagação das informações, como a Appa vem fazendo; a auto proteção (principalmente com o não compartilhamento de utensílios e, se houver alguma suspeita de infecção, até com o uso de equipamentos como luva, máscaras); lavar constantemente as mãos; não comer carne de caça ou sem origem certa.
Outros detalhes técnicos sobre o Ebola podem ser consultados no site portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/14163-ebola-informe-tecnico
Fonte: Tn Online
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