Polícia Civil apresenta quadrilhas que agiram em 10 caixas eletrônicos

Rodinaldo Vieira Matias, o ”Peruca”, um dos líderes dos bandidos, foi morto em Ibiporã, durante confronto com policiais

TNOnline Da Redação

Polícia Civil apresenta quadrilhas que agiram em 10 caixas eletrônicos (Foto: Bruno Leonel) A Polícia Civil de Apucarana apresentou, na manhã desta quinta-feira (7), membros de duas organizações criminosas (quadrilhas da dinamite e do maçarico) responsáveis pela explosão de pelo menos dez caixas eletrônicos em cidades da região Norte e Noroeste do Paraná. Rodinaldo Vieira Matias, o ”Peruca”, um dos líderes dos bandidos, foi morto em Ibiporã no último final de semana durante confronto com a polícia. Na casa dele polícia apreendeu capuzes, maçarico, pistola calibre 380 e munições, crack, maconha, coletes balísticos, além de farto material usado para arrombar caixas eletrônicos. Conforme o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), José Aparecido Jacovós, alguns integrantes do bando são de Joinvile (SC), onde existem fábricas de cofres e caixas eletrônicos e profissionais especilistas nesse ramo. "As investigações que culminaram com essas prisões começaram há três meses e há integrantes das quadrilhas presos em Apucarana, Rolândia e Londrina. Os bandos eram interligados e também envolvidos com o tráfico de drogas", detalhou Jacovós.  Foram apresentados hoje na 17ª SDP Sandro Bispo Barbosa Gama, o irmão gêmeo dele, Sidney Bispo Barbosa Gama, César Augusto Lorenzetu Hultz, Valdinei César de Souza, Osvaldo de Souza Júnior e Jackson Gondard (quadrilha do maçarico), Wanderson Antônio Mantovani. Já Wiliam Doner dos Santos encontra-se hospitalizado em Rolândia após sofrer queda durante fuga e Cristiano Gonçalves da Silva está preso em Curitiba. Outros três criminosos integrantes dos bandos ainda encontram-se foragidos. São eles Dorival Pereira Barbosa, Cleiton Matovani e o adolescente F.C.O. As investigações que resultaram no desmantelamento das quadrilhas foram iniciadas em maio, pela delegada adjunta da 17ª SDP, Iane Cardoso do Nascimento, após explosão de caixa eletrônico do Bradesco em Califórnia, no mês de maio. "Eles eram bem articulados. Um dos envolvidos, Sandro Bispo Barbosa Gama, chegou a encomendar explosivos e planejar uma ação de dentro do minipresídio de Apucarana, conforme interceptação telefônica da polícia. Eles já agiram em Califórnia, São João do Ivaí e Ibiporã, além de um ataque frustrado em Jaguapitã", relata a delegada Iane.  Entre as ligações telefônicas grampeadas está uma conversa entre Sandro Bispo Barbosa Gama, e o irmão gêmeo dele, Sidney Bispo Barbosa Gama.  Sandro está preso desde maio deste ano, quando participou da explosão ao caixa eletrônico do Banco Bradesco, em Califórnia. Durante a fuga, ele foi baleado e procurou atendimento médico em Londrina. Após alta hospitalar, ele foi encaminhado ao minipresídio.  Em conversa com o irmão, Sandro perguntou sobre o estoque de armas e dinamites porque planejava um ataque a uma cidade de fácil acesso, cujo nome não foi revelado. Em resposta, Sidney disse que dois artefatos estavam com Rodinaldo Vieira Matias, citado na conversa como o ”Peruca”.  Segundo a polícia, Matias chefiava a organização criminosa. Ele acabou morto em Ibiporã no último sábado, em confronto com policiais de Apucarana e Londrina. Equipes foram até o local cumprir um mandado de prisão e foram recebidos a tiros. Sidney foi preso na mesma situação. A polícia também identificou através de grampos telefônicos os irmãos Wanderson Antônio Mantovani, atualmente preso em Rolândia e Cleiton Mantovani. Na conversa, eles mencionam encomendas de maconha e dinamite e revelam o armazenamento de armas de grosso calibre, como um fuzil 762. Organização ramificada e articulada A polícia constatou, através dos diálogos, que a quadrilha possui ramificações formadas por familiares. Parentes de Peruca teriam agido no município de Nova América da Colina, no Norte Pioneiro, neste ano.  Bem articulado, o grupo divide as funções. As tarefas incluem verificação do local com antecedência, aquisição de veículos, armazenamento de armas e até medicamentos para possíveis ferimentos decorrentes de confrontos. As ações eram planejadas durante várias reuniões agendadas de forma estratégica, sempre por volta das 19 horas, horário que a Polícia Militar troca de turno.  A estrutura criminosa também conta com a cobertura de um advogado. A polícia identificou em uma das gravações uma conversa entre Cleiton Mantovani e uma pessoa não identificada que estava no velório de Peruka, no fim de semana. Mantovani pedia para o comparsa avisar os outros para saírem da cerimônia, pois os mandados de prisão haviam sido expedidos. Antes de desligar Cleiton ainda orientou o comparsa a ligar para o advogado da quadrilha. A 17ª SDP prossegue nas investigações para localizar outros três foragidos: Dorival Pereira Barbosa, Cleiton Mantovani e um adolescente de 17 anos. Fonte: Tn Online

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