A exposição apresentou uma coleção repleta de objetos de diversas pessoas aficionadas
Keredine Ghannoun tem mais de mil peças em sua coleção(Foto:
Thamiris Geraldini)
Um evento cultural voltado para aproximar os
colecionadores do município. Com esse mote, a Secretaria de Cultura de Arapongas
abriu espaço para que expositores pudessem, muitos pela primeira vez, mostrar ao
público suas paixões. A exposição, que teve início na última segunda-feira,
apresentou uma coleção repleta de objetos de diversas pessoas aficionadas pelo
hobby.
Durante o evento, é possível perceber que a
atividade é multifacetada. É possível encontrar moedas, cédulas, figurinhas,
bicicletas, cartões telefônicos, máquinas fotográficas, relógios, gibis,
chaveiros e até carrinhos em miniaturas, todos objetos emoldurados a partir de
escolhas pessoais que à vista parecem ter pouco valor a outras pessoas, mas que
para os colecionadores são verdadeiros tesouros.
De acordo com o coordenador do Museu de Arte e
História de Arapongas e organizador do 1º Encontro de Multicolecionismo, Gean
Carlo Cereia, que acontece na Biblioteca Pública, a iniciativa tem como objetivo
reunir os apaixonados por colecionar, além de estimular novos colecionadores.
“Este evento abre os olhos de muita gente para o hobby de colecionar”.
Na opinião dele, apresentar itens colecionáveis é
uma forma de cultivar a história e a cultura. “Tornar-se um colecionador é algo
completamente cultural e histórico, porque, além de forçar o colecionador a
estudar o contexto histórico e cultural da peça colecionada, manter um item é
uma forma de preservar a história”, diz.
O colecionador e expositor Keredine Ghannoun, 45 anos, é um exemplo de que o ato ajuda a manter a história de épocas que não voltam mais. Dos mais de mil objetos colecionados por ele, entre relógios, moedas, câmeras, entre outros, a grande maioria é resultado de um longo período em que ele morou fora do país.
O colecionador e expositor Keredine Ghannoun, 45 anos, é um exemplo de que o ato ajuda a manter a história de épocas que não voltam mais. Dos mais de mil objetos colecionados por ele, entre relógios, moedas, câmeras, entre outros, a grande maioria é resultado de um longo período em que ele morou fora do país.
“Eu morei por 30 anos nos Estados Unidos, lá,
desde criança, eu gostava muito dos Garage Sales [situação tradicional no país,
onde se colocam à venda, no quintal das casas e em garagens, objetos que o
proprietário quer se desfazer]. Desde aquela época eu adquiria objetos e ia
colecionando. Hoje ter uma coleção como a que eu tenho, além de ser uma paixão,
é uma forma de também memorar o que vivi fora do Brasil. Gostei muito da
oportunidade de poder expor um pouco da minha paixão por objetos colecionáveis à
outras pessoas”.
TROCAS
Além de poder expor suas peças, os colecionadores
tiveram oportunidade de fazer trocas e vendas entre os demais expositores. “Como
são peças antigas e muitas já nem existem mais no mercado, essa foi uma ótima
oportunidade de fazer trocas de materiais entre os colecionadores.
Às vezes eu tenho um objeto repetido, que é do
agrado de um outro colecionador e vice-versa. Essa permuta é muito proveitosa e
nos ajuda a manter nossas coleções”, explica Ghannoun.
A Secretaria de Cultura, em parceria com o Museu de Arte e História de Arapongas, pretende tornar o evento de multicolecionismo constante no calendário cultural do araponguense. O projeto é fazer edições trimestrais dos encontros. Estima-se que a cidade tenha cerca de 60 colecionadores com grande acervo em atividade.
Fonte: Tn Online
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